quarta-feira, 19 de junho de 2013

Minha experiência com a leitura e escrita.

 

Minha experiência com a leitura e escrita:

 
Estou iniciando na "profissão" e tudo é muito novo para mim mas, gostaria de relatar minhas experiências também à começar pela minha própria. Desde pequena sempre ajudei minha mãe que pobre, não podia comprar uma televisão e o que me restava fazer? Ler e escrever peças de teatro para brincar com minhas amiguinhas.
 Uma coleção que fez parte da minha infancia/pré adolescencia foi a série Vagalume da escritora Maria José Dupré, como amei ler esta série, a escritora transpunha de uma forma tão lúdica que eu literalmente viajava para as aventuras e locais que ela descrevia tão ricamente.
 Gostei tanto que minha filha também tem a série e adora!
Lecionando minhas experiências estão sendo transformadora!
 Na escrita fiquei muito contente pois comecei lecionando no noturno, na periferia onde os adolescentes - já no 2°/3° ano não tinham muita familiaridade com a escrita, para ser bastante honesta, mal sabiam compor ideias. Por incrível que pareça medidas simples ( aulas de redação) começaram a surtir efeitos alunos que antes não escreviam, a partir do meio do ano já faziam linhas e linhas ( por incrível que pareça pedir 10 linhas de redação era uma verdadeira tortura para eles).
 Senti que obtive resultado quando mais de um aluno, em particular, me relatou a diferença que o próprio sentia em relação a dificuldade que tinha anteriormente.
 
 Na leitura, para mim, foi outro momento mágico. 
 Em outra escola, minha sala tinha uma enorme dificuldade  de concentração, interpretação e coerência . Propuz o inimaginável, ao invés de um livro por bimestre, teríamos um livro por semana ( já que percebi que a dinâmica era essa, mesmo dando um prazo longo sempre os alunos deixavam para a última semana - esperteza da minha época de estudante rss), e teríamos duas aulas de leitura por semana também. No começo, o projeto foi tido como muito audacioso mas, não podemos subjulgar a capacidade alhei não é? Pois bem, a atmosfera das aulas de leitura são praticamente um "transe coletivo" onde os deixo completamente a vontade - tem aluno que deita e faz a mochila de travesseiro, tem aluno que senta quase em baixo da carteira, tem até professora sentada em baixo da lousa! Sempre que estamos na nossa aula de leitura, o momento fica mágico. Começo percorrer meus olhos na sala e vejo alunos lendo, sorrindo, outros balançando a cabeça seja aprovando ou desaprovando o que está lendo me dá até um dó de terminar a aula, tenho que chamá-los como que se estivessem todos dormindo (e sonhando) pedindo para voltarem ( pode parecer exagero mas é exatamente assim!)
 
Professora - Cássia Souza

domingo, 16 de junho de 2013

Situação de aprendizagem (Lilian)


Gênero: CRÔNICA

Texto: Avestruz ( Mário  Prata)
Público- alvo: 6º ano
Período: 8 aulas
Justificativa:  estimular a leitura através da apresentação de crônicas, pois ,como originam-se de temas referentes ao cotidiano e são textos curtos, podem despertar maior interesse em leitores ainda em formação.

Estratégia: visualização de cenas do filme "Marley e eu";

                conversas informais sobre o assunto do filme e da crônica;
                leitura compartilhada ( do texto, de outras crônicas e de textos que contextualizam o mesmo tema);
               levantamento sobre o gênero e estrutura narrativa;
               estudos linguísticos sobre  níveis de linguagem (formal e informal), adjetivos e advérbios
   Recursos: coletânea de crônicas, cenas do filme "Marley e eu", Caderno do aluno, dicionário, etc  




 Situação inicial:
* apresentar apenas o título
*ativação de hipóteses, com conversas e anotações, na lousa: o que é avestruz?, quem já viu uma?, como é ela? onde vive? crianças gostam de ganhar animais de presente? que tipo de bichos elas pedem?
*verificar o levantamento, lendo com eles e pedindo que realizem a seguir a leitura da crônica, no caderno do aluno.
 Situação de verificação e comparação das hipóteses:
* através de conversas verificar: o assunto do texto, as personagens envolvidas,o que acontece com elas na história, onde e quando acontece, com que fato inicia, desenvolve e termina a narrativa;
* qual situação cotidiana é apresentada e quem é o responsável direto por esse acontecimento,
* o avestruz foi citado na nossa listagem de bichos pedidos por crianças? Por quê?
* alguém sabe quais são as características desse animal? Vamos pesquisá-las, no próprio texto e em outros meios de informação, montando um quadro com as informações obtidas.
*compartilhar as informações expondo,em um cartaz, as características encontradas ( aproveitar as informações para recordar os conhecimentos linguísticos sobre adjetivos e advérbios);
* propor uma atividade escrita em que eles listem suas características também, criando um perfil com adjetivos, locuções adjetivas ou orações adjetivas;
* expor no mural, junto com o cartaz do avestruz ou compartilhar na classe lendo para os demais.
 Situação de leitura
*ler o texto silenciosamente, assinalando palavras desconhecidas ou difíceis;
* consultar em dicionários as palavras assinaladas e anotar os significados;
*assinalar elementos que identificam: narrador, personagens, tempo e lugar ( de acordo com legenda de cores estabelecida com eles);
*realizar uma leitura compartilhada com eles e expor os itens assinalados acima;


Situação de escrita (depois da leitura)
*Propor a cópia e resolução de questões sobre o texto, elementos estruturais da narrativa, características do gênero e impressões gerais sobre ele, como:
resuma a história, quem conta, como ordenou os acontecimentos, quem são as personagens, suas características, onde a situação acontece, quando se passa, que fato do dia-a -dia apresenta, quem escreveu, para quem, onde foi publicado, como escreve, o fato narrado é real ou imaginário, o fato é apresentado de modo: dramático, cômico ou romântico, quem gostou, por que, em que gênero foi escrito, quais as suas características, verificar outras crônicas em estudo, no mesmo caderno, criar um quadro com: título delas, autores, temas, local de publicação etc

Situação de produção escrita no gênero
* propor a correção das questões,na lousa, anotando as respostas mais coerentes lidas por eles.
* propor a produção escrita de uma crônica sobre o mesmo tema: sugestão inesperada para presente, em que, no desfecho, aconteça algo que surpreenda o leitor do texto.
* propor a leitura na classe e selecionar alguns para expor no mural.
Estudos linguísticos
* pesquisar outros nomes científicos ( criando um glossário com os nomes coletados por eles );
*verificar, no texto em estudo, expressões características da linguagem formal e informal, construindo uma tabela; verificar qual predomina, levantar sugestões que explicam ou justificam esse uso.
* confeccionar uma tabela com duas colunas em que as linguagens formal e informal possam ser exemplificadas com outros textos ou trechos selecionados por eles.
*sugerir a elaboração de uma crônica, com as personagens da anterior, dialogando sobre o situação vívida por elas, em linguagem informal.
* compartilhar na classe e propor revisões necessárias.





Avestruz


O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos,
uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em
Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era
minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino
conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo
impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se
entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A
avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz,
deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado
primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa
uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a
altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que
não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de
asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar
que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois
dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo.
Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente,
olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em
forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao
seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que
elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta,
entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com
TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da
minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de
avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo.
Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente,
inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo.
máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e,
principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai
bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz
por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho
mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2
Caderno aluno p. 9
Caderno do Professor p. 18

Sugestões de leitura diária de crônicas sobre animais do livro:





 






quinta-feira, 6 de junho de 2013

Escritora surpreendente

Quero compartilhar com vocês a obra que estou lendo. Trata-se do relato de Eliana Zagui, paralisada do pescoço aos pés, por ter sofrido poliomielite aos 2 anos. Ela vive na UTI do IOT do HC de São Paulo, onde aprendeu a ler e escrever, concluiu o ensino médio e o estudo dos idiomas: inglês e italiano. Em 2012, publicou o livro "Pulmão de Aço" onde relata as suas aventuras e desventuras dentro de um quarto de hospital, ligada a um respirador. 
A batalha dela para sobreviver inspira-me a realizar a leitura da obra para os meus alunos do 7º ano, a fim de motivá-los, principalmente na leitura e escrita de suas experiências em diários (conforme propõe o Caderno do Aluno 2).
Pretendo com essa leitura mostrar para os alunos que todos somos capazes, basta combater os receios que nos paralisam.
Recomendo o livro por conter uma história de superação e um excelente exemplo de escritora.
   

terça-feira, 4 de junho de 2013

Integrantes do grupo VI

CASSIA PAULA DE SOUZA-

GISELDA MARIA ZUNTINI DELIZA-  Olá,meu nome é Giselda,estou na luta há 25 anos e se Deus quiser até o fim do ano me aposento.Espero poder contribuir com as discussoes de forma proveitosa e enriquecedora.

LILIAN REGINA BORGES PERES ITAYA-  Sou professora de Língua Portuguesa nos anos iniciais do Ensino Fundamental II

VALÉRIA REGINA ALMEIDA CRUZ FERREIRA-

VANIA NEPOMUCENO EUGENIO- Olá turma, sou licenciada como professora de língua portuguesa e alemã desde 1986, mas comecei minha pós-carreira como professora de língua portuguesa em 2007 na rede municipal de Campinas depois de participar de um processo seletivo com validade de dois anos. A partir de 2009 passei a dar aulas em escolas particulares e na rede estadual como OFA. Gosto muito, muito mesmo do que faço, e hoje não consigo me imaginar trabalhando novamente na área corporativa. 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Experiência de leitura da Prof. Lilian.

Durante a infância, visitava a biblioteca da escola para ouvirmos da bibliotecária, Dona Geralda, a leitura de obras infantis para depois retirarmos algum de nosso interesse para ler em casa. Gostava desse momento, mas a paixão pela literatura veio a partir da adolescência, graças à professora Maria das Graças, li as obras de José de Alencar, Graciliano Ramos, Jorge Amado e outros, inclusive de auto ajuda, como Fernão Capelo Gaivota. Posteriormente, a experiência leitora tem colocado em minhas mãos obras que me ajudam a compreender melhor as pessoas e o mundo,como Machado de Assis, Nélida Piñon, Rubem Alves, Guimarães Rosa e tantos outros. O prazer de reler alguns títulos junto com minhas filhas fez delas leitoras, pois atualmente elas vão às livrarias e adquirem o que desejam compartilhando uma com a outra o que sentem em relação à escolha feita. Assim como disse Rubem Alves é uma experiência mágica.